Quando a pessoa que você ama é estuprada e assassinada, você quer se vingar.
Mas como fazer isso quando o ataque lhe deixou com um problema de memória onde nenhuma informação nova é absorvida?
Em quem confiar, quando não se pode confiar nem em si mesmo?
A história
Leonard Shelby acorda em um hotel, sem saber como chegou lá… e sem saber por que está hospedado ali.
Após uma ligação desconexa entendemos uma coisa: ele sabe quem era, sabe a vida que teve, e busca a pessoa que tirou isso dele.
Shelby levava uma vida normal até o dia em que dois homens entraram em sua casa, estupraram e mataram sua esposa.Um destes homens ele conseguiu pegar e matar, mas o segundo fugiu.
Sem o apoio da polícia, que não acredita na existência da segunda pessoa, Leonard decide investigar o caso por conta própria.
O que já seria complicado fica ainda pior quando ele percebe que o incidente o levou a desenvolver amnésia anterógrada, um problema neurológico que o impossibilita de memorizar eventos recentes.
Quando encontra quem está procurando, Amnésia revela toda uma nova trama e explica muitos fatos do começo do filme… o que de certo modo dá a sensação de estar andando em círculos, mas fecha um ciclo.
Confesso que tive de voltar mais de uma vez na resolução final do filme para entender o que tinha ocorrido… mas talvez seja porque o vai-e-vem do filme me deixou um pouco cansada.
Para fechar
Assim como esta resenha, o filme brinca com a ordem cronológica.
As cenas em preto e branco seguem a ordem dos fatos, já as coloridas estão de trás para frente. Eventualmente as duas partes se encontram, e é quando a sensação de “andar em círculos” acontece.
Mesmo cansando um pouco, a brincadeira com a ordem dos fatos é muito interessante e totalmente oportuna, pois assim como o personagem, ficamos confusos e sem saber o que está acontecendo e em quem confiar.
Se você viu o filme Predestinado (resenha aqui) vai entender o tipo de confusão que este filme causa.
obs: ao contrário de Predestinado, Amnésia não fala sobre viagem no tempo. A semelhança está apenas nos paralelos de passado e presente intercalados.
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